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Geografia do Céu

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Adriana Abreu

Pára um pouco e imagina a linha do horizonte.

Aí se tocam duas realidades: o céu e a terra.

O céu e a terra tocam-se lá ao longe, mesmo antes de se perder de vista a sua continuidade, mas não deixam de se tocar aqui, onde estou e onde estás, que pode também ser a linha do horizonte para quem vê este lugar de longe. Por isso, em verdade, estamos já mais no Céu do que na terra. Pousamos os pés na terra, mas o resto de nós já se pronuncia para o Céu que começa já aqui, tornando isto óbvio que fomos feitos para lá morar. Mas- é curioso- é a partir do apoio dos pés na terra e do nosso caminhar sobre ela que é possível o toque do Céu.

Aprendemos na escola, em geografia, que a atmosfera – ou aquilo a que se chama “céu”- tem camadas, e que esta que toca a terra se chama troposfera. Tropos deriva do grego e quer dizer misturar. E vem mesmo a propósito! Somos convidados a esta aprendizagem da mistura com o Céu.

Mas como havemos de nos misturar com o Céu?

Havemos de ser soluto que se deixa dissolver.

Remete-me isto para Maria Rivier, que não viveu uma relação epidérmica com o Céu – como quem passa por este e não se incorpora. Consentiu antes homogeneizar-se, dissolver-se como cristal puro na imensidão do solvente que é Jesus, seu e nosso Céu.

Meditemos no nosso coração o conselho que nos deixa:

“É necessário, por assim dizer, que Ele entre connosco nas nossas casas, nas nossas aulas, que saia connosco, que caminhe connosco, que fale connosco, que reze connosco, que trabalhe connosco.” 

Ensina-me, Jesus, a ser conTigo.

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