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Manual prático do fogo

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Adriana Abreu

Diz-nos a história que a descoberta do fogo foi um elemento transformador da vida humana.

A chama, em traços gerais, resulta de uma reação que se chama combustão, na qual existe uma interação entre um combustível e um comburente, culminando na libertação de calor e luz. Feita esta descoberta, nenhuma noite se torna demasiado fria ou escura.

Hoje, para nós, é fácil perceber que, para acender uma fogueira, precisamos de madeira (o combustível), fósforos (a fonte de ignição) e oxigénio (o comburente).

A necessidade do comburente é a razão pela qual abanamos uma fogueira. Fazemo-lo para potenciar o movimento do ar e, assim, do oxigénio, permitindo que o fogo se alimente. Quanto mais o “abanarmos”, mais este cresce.

Esta demanda de fazer crescer o fogo remete-me à corrida de Pedro e João ao sepulcro, pela manhã, depois do anúncio de Maria Madalena de que o Senhor já lá não estava. Aquele anúncio da Ressurreição movimenta-os -fá-los correr- e esta cinética propicia a circulação do ar. Acontece, assim, a combustão. O oxigénio circulante encontra o combustível e a fonte de ignição. O coração dos discípulos, ainda com vestígios do fogo que o Senhor acendera enquanto estava no meio deles, volta a arder, é tomado pelas chamas. Por isso sabem, desde logo, que o sepulcro vazio é a confirmação das palavras do Senhor e não da desilusão em que caíram.

E não posso falar deste fogo sem fazer menção a Maria Rivier- “a mulher de fogo”- que, de verdade, ardeu no amor a Jesus, acendendo, no seu tempo como nos dias de hoje, outras fogueiras a partir daquela que Ele ateava em si.

Guardemos o conselho que deixa às suas irmãs: “Tudo em nós deve fazer conhecer Jesus Cristo e publicar suas grandezas. O nosso comportamento e todas as nossas ações devem mostrar Jesus Cristo e nós devemos ser todas de fogo para incendiar os corações no seu amor. Jesus Cristo quer ser o único Senhor do vosso coração: Deixai-Lho inteiramente. Sede d’Ele sem reservas.”

Jesus, que nunca eu queira afastar de mim este fogo Teu mas antes queira queimar-me cada vez mais em Ti, até que regresse ao pó, para mostrar que vives hoje e sempre.

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