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A Senhora do Rosário

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P. Dário Pedroso s.j

Neste mês de Outubro em que celebramos Nossa Senhora do Rosário, que o nosso olhar possa deter-se mais cuidadosamente sobre a figura de Maria. A Senhora do Rosário é a Senhora do amor, dos mistérios de Jesus e dos seus próprios mistério, é a Senhora das Virtudes, a Senhora “discípula de Jesus”. Que ao olhar para a Senhora do Rosário possamos deixar emergir em nós, as suas virtudes.

1º Senhora da oração. Virgem orante, Senhora dada à oração como lhe chamou Paulo VI, a Senhor é mestra na arte de orar, a arte do essencial. Meter-se na sua escola e pedir a graça de rezar mais e melhor. Oração de louvor em Magnificat, oração de oferta na Apresentação do Templo, oração de súplica em Caná, oração de sim heróico no Calvário, oração comunitária no Cenáculo com os Apóstolos. Oração que nasce do amor, de um coração centrado no essencial. Quem ama reza e busca modos de estar presente ao Amado.

Como vai a minha vida de oração? Sinto que dou tempo e amor ao diálogo com o Pai? Entro em comunhão? Cultivo a amizade e o diálogo? Vivo centrado?

2ºA Senhora da Caridade. Cheia de graça, como lhe diz o Arcanjo no dia da Anunciação e da Encarnação, mistério fundante, significa “cheia de amor”. A graça é a vida de Deus, e Deus é Amor. Cheia de amor para com Deus e para com os outros, Maria, a Senhora da caridade vivida, actuante, atenta. Para com Deus num sim contínuo e amoroso, querendo sempre eo que Deus queria e dizendo o seu “fiat”. Caridade com Isabel pois foi apressadamente para servir e ficou três meses. Caridade com o mundo, a humanidade sofrendo, oferecendo o Filho e oferecendo-Se com Ele. Caridade com os Apóstolos rezando com eles e amparando a Igreja nascente.

Como exerço a caridade no dia-a-dia? Com as pessoas que me rodeiam? Com os doentes e mais pobres? Com o mundo que precisa do meu dom e do meu amor?

3ºA Senhora pobre, humilde e serva. Maria tinha uma só riqueza: Deus, o seu amor, a sua vida, a sua graça. Viveu pobre por fora e por dentro. Vida simples, modesta, despojada, sem vaidades, sem adornos, sem luxo, sem comodidades próprias dos ricos. Humilde, sem ostentação, sem vanglória, sem querer elogios, com a modéstia no falar, no vestir, com a simplicidade de quem se reconhece a “serva”. Os pobres e humildes lançam-se ao “serviço”. Maria é a serva de Deus, canta-o Magnificat e vive-o na vida. Imita o seu Filho que viveu pobre, que foi humilde até ao lava-pés, que foi servo e disse que “vinha para servir e não para ser servido”.

Quais são as minhas riquezas? Vivo numa lógica de procura de bem-estar ou em atitude de missão?

Cada um de nós é chamado a imitar Maria, ser “outra Maria”, dando-se a Deu e dando Deus aos outros. Ser Maria na oração, na caridade, na pobreza, na humildade, no serviço, no modo de ser e de agir. Repetir cada dia o seu “sim”. Renovar o compromisso de baptizado, oferecer-se a Deus como Maria para imitar Jesus, para em tudo amar e servir, para dar a vida, para ser “tudo para todos”.

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