Coração-de-Jesus

Amar Aquele que nos Ama

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P. Dário Pedroso sj

“Ele amou-me e entregou-Se por mim”. A conferência (instrução) da Madre Rivier sobre o Coração de Jesus é uma preciosidade. Precisamos de lê-la, rezá-la, meditá-la. Temos um mês inteiro, um ano, uma vida e não chegará. Iluminada pelo Espírito a Madre diz maravilhas sobre o amor de Jesus e seu Coração. Faz convites veementes a suas “filhas”: interroga, propõe, pede, aconselha. E começa por dizer: “o objeto desta devoção é o amor imenso que Jesus teve aos homens, pela salvação dos quias se entregou à morte; amor do qual lhes deu uma garantia preciosa no mistério da Eucaristia”. Ir ao Evangelho e abismar-me nesse amor. Ir à minha vida pessoal e abismar-me nesse amor. Ir à vida e história da Congregação e abismar- me nesse amor louco e apaixonado. Ir à vida da Igreja e abismar-me nesse amor. Cada dia a Eucaristia é a prova mais preciosa desse mesmo amor, Ela é o maior dom do seu Coração.

Penetremos na sua intimidade. É o primeiro apelo e convite da Madre Rivier e começa com a pergunta: “Mas o que é o Coração de Jesus?”. E responde: é o seu interior, as suas virtudes, o seu amor pelo Pai e pelos homens, é a sua humildade, a sua doçura; são os sentimentos que O tocaram duramente toda a sua vida e durante a sua paixão. Sentimentos de zelo, de bondade, de ternura, de compaixão, de desejo vivo de nos tornar felizes ao ponto de sacrificar a sua vida. Que elenco espantoso, maravilhoso. E continua o “Coração de Jesus é santo” e “daí vem que todas as palpitações, todos os desejos, todos os suspiros, todos os afectos, todos os seus pedidos e todas as acções são infinitas em valor e em méritos”. Que clareza, que paixão, que intuição, que amor o de Maria Rivier apaixonada pelo Coração de Jesus. Jesus é todo amor, é todo Coração. Um amor chamado Jesus. Amor louco e apaixonado pelo Pai e pelos homens.

Honremos este Coração, minhas queridas filhas, prestemos-Lhe as nossas adorações, sigamos todos os seus movimentos, submetamos-Lhe todas as nossas vontades, já que Ele é o Rei dos corações”; é justo, diz a Madre Rivier, “que O consideremos como um selo real e divino, e que O ponhamos sobre o nosso, afim de receber todos os seus traços e de nos lembrarmos assim, que somos absolutamente de Jesus Cristo. Ponhamo-lo, pois, como um selo sobre o nosso coração e em todos os nossos membros; gloriemo-nos de Lhe pertencer e que este Coração Sagrado seja constantemente o objeto da nossa devoção mais terna”. Amor com amor se paga. Não neguemos nada Àquele que nos dá tudo. Sejamos sempre d’Ele, só d’Ele, só para Ele, numa entrega total, numa oblação amorosa, num desejo único: amá-Lo sem reservas. Numa confiança e abandono sem limites. Era assim que Madre Rivier vivia e nos estimula a viver. Uma mulher, uma consagrada apaixonada pelo Coração de Cristo. Afinal era “um coração em fogo”, incendiado no Coração de Jesus.


P. Dário Pedroso sj

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