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Compaixão e Misericórdia

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Itinerário espiritual – Nos passos de uma Santa

Santa Maria Rivier…

“Sofro sempre muito ao saber que há tantas paróquias em que não há ninguém para mostrar o caminho do céu a tantas crianças que se perdem. Pudéssemos nós ser muitas para fazer conhecer e amar o Senhor por toda a parte; pudéssemos nós abrasar todos os corações com o seu Amor!

A fração do pão significa a esmola e todas as obras de misericórdia espirituais e corporais que exercemos para com o próximo. Parti o vosso pão, diz Isaías, e dai-o a quem tem fome: este é o meio de conhecer Jesus Cristo… vê-lo-emos e tocá-lo-emos em todos os pobres.

Sejamos misericordiosos, compassivos e caritativos para com o próximo a fim de imitarmos a misericórdia do nosso Pai celeste e tornarmo-nos semelhantes a Ele. Sejamos misericordiosos e caritativos para com o próximo a fim de atrair sobre nós a misericórdia de Deus.

O exercício da misericórdia estende-se a todos os homens que dela necessitam, toda a espécie de miséria… não deixemos sem assistência uma única das pessoas que os procuram, receando que aquele que tivermos desprezado ou repelido, não seja o próprio Cristo”.

…hoje…

Hoje, as palavras de Santa Maria Rivier convidam-nos a deixarmo-nos revestir desta compaixão e misericórdia que não é, nada mais nada menos, do que um desejo profundo de termos um coração semelhante ao Coração de Jesus. Este Coração que se abaixa até nós, que não tem medo de tocar as nossas feridas e pecados e nos impele a fazermos como Ele fez. Um coração compassivo e misericordioso não fica indiferente a nenhum sofrimento ou miséria humana, antes corre ao seu encontro, abraça, alivia, consola, cura… restitui a dignidade de filhos que todos nós somos.

… com arte…

Para nos adentrarmos neste mistério da compaixão e misericórdia, que Maria Rivier aprendeu do próprio Deus, pode ajudar-nos contemplar a pintura do artista Rembrandt. Rembrandt era holandês, considerado um dos pintores mais famosos do período Barroco europeu. Sua pintura do “Filho Pródigo”, inspirada na parábola de São Lucas, foi e continua a ser bastante conhecida. Se prestarmos atenção à figura do Pai, que nos remete para o próprio Deus, e nos deixarmos tocar pelos detalhes, conseguiremos perceber com o coração o verdadeiro significado da compaixão e da misericórdia. Escutemos Henri Nouwen, no seu livro “O regresso do filho pródigo”: “Mas Rembrant, ao mostrar-me um Pai vulnerável, fez-me dar conta de que a minha vocação última é ser como o Pai e viver a sua divina compaixão na minha vida quotidiana”. (p.136) Estamos nós dispostos a sermos semelhantes a este Deus que não contabiliza os nossos erros, mas acolhe o arrependimento de quem procura regressar a casa?

…em gestos…

Leio na Palavra de Deus o texto do Bom Samaritano (Lc 10, 25-37) e procuro descobrir e identificar quem é o meu próximo, dou-lhe um nome e ponho-me a caminho de forma concreta, seja através de uma palavra, de um gesto, de um perdão.

…movidos pela oração

Santa Maria Rivier está atenta a todas as situações de angústia. As pessoas que testemunharam sobre ela dizem que vivia à letra o Evangelho da misericórdia e da compaixão com uma alegria de coração que nada podia desarmar. A pobreza da sua casa não a impedia de acolher as órfãs: “Enquanto me restar um pedaço de pão, dizia ela, eu partilhá-lo-ei com as minhas órfãs”. Dá-nos, Senhor, um olhar de amor sobre o nosso mundo.

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